NÓS, OS BRASILEIROS, SOMOS DIFERENTES OU SOMOS IGUAIS? Crenças, religiões, estereótipos nos rotulam mas o que realmente importa? 03/11/2016. 

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quando de fato somos todos migrantes, imigrantes ou descendentes deles? 

O Brasil é um país no qual, em eras remotas, se estabeleceram seus primeiros habitantes. Estudiosos investigam a origem desses povos e os movimentos nômades que geraram as tribos indígenas que viviam espalhadas, pelo território que denominamos como Brasil, quando os portugueses chegaram. Em seguida, ou concomitantemente, vieram espanhóis, holandeses, franceses. Mais tarde, com a escravidão, os de origem africana. Posteriormente italianos, japoneses, alemães, libaneses, sírios, turcos, armênios, gregos, coreanos e muitos outros. Além dos já citados e mais recentemente, temos bolivianos, colombianos, venezuelanos e haitianos.

Os movimentos migratórios humanos são conhecidos desde que homens, mulheres e crianças passaram a deixar rastros de sua passagem pela Terra. Em épocas pré históricas o que poderia levar pessoas a uma mudança do local de moradia seria a busca por abrigo contra o frio, ou uma maior fartura de alimentos. Todavia, outros fatores levam as pessoas a abandonar o lugar em que vivem. Um deles é o medo da violência, da guerra, a busca pela sobrevivência em paz que, nas últimas décadas, vêm se intensificando em todo o planeta. Nos últimos 2 anos estima-se que meio milhão de pessoas se aventurou em viagens arriscadas, em embarcações precárias pelo Mar Mediterrâneo, citando apenas aquelas recolhidas na Grécia e na Itália. São refugiados sírios, por exemplo, que foram para a Turquia e, em seguida imigram para países do continente europeu (França, Itália, Alemanha, Hungria, Grécia, etc). Muitos morrem nessa travessia. Alguns de lá seguem para outros continentes como a América do Norte, a América Latina, inclusive Brasil. São homens, mulheres e crianças que são, simultaneamente, refugiados e imigrantes.

Enquanto governantes resistem e criam entraves à imigração legal, cidadãos comuns arregaçam as mangas, estendem seus braços e criam projetos singelos que vão desde dividir quartos em suas próprias residências a projetos milionários, como o de um egípcio que comprou uma ilha na Grécia para acomodar temporariamente refugiados. A sociedade civil se organiza e pressiona as autoridades competentes. Para os governos, a distinção entre migrantes e refugiados é importante. Os países tratam os migrantes de acordo com sua própria legislação e procedimentos em matéria de imigração, enquanto tratam os refugiados aplicando normas sobre refúgio e a proteção dos refugiados - definidas tanto em leis nacionais como no direito internacional.

Em São Paulo temos algo a comemorar. Pela primeira vez no país foi aprovada uma legislação específica para garantir os direitos dos refugiados e imigrantes. Trata-se do Projeto de Lei 142/2016. (www.camara.sp.gov.br/blog/politica-municipal-para-populacao-imigrante-e-aprovada-em-2a-votacao/)

Para você que trabalha em creche fica a pergunta: Como as crianças refugiadas ou imigrantes são recebidas? Como é a adaptação dessas crianças em uma creche? Como a creche apoia essas famílias?

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Legenda imagem: www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/10/campanha-vai-combater-xenofobia-e-intolerancia-a-imigrantes-no-brasil (reportagem de 14 de outubro de 2015. Acesso em 2 de novembro de 2016.)

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